"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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domingo, 3 de setembro de 2006

DO FUTRICA AO ACADEMISTA

Aristóteles tinha sem dúvida razão ao insistir que não devemos tentar provar ou demonstrar todo o nosso conhecimento. Acrescentava: conhecer uma coisa é conhecer a sua essência. Mais recentemente Ramsey diz-nos: «o principal perigo para a nossa Académica (adaptação), à parte a preguiça e a nebulosidade, é o “escolatismo”…que retrata o que é vago como se fosse preciso….».
Dito isto, não deixa de ser interessante analisar a fonte de tanta confusão e verbosidade acerca do ser-se ou não ser «futrica». Ora o conhecimento demonstrativo é também um conhecimento das causas.
Em primeiro lugar, podemos ver que se fossemos compelidos a definir «futrica», os nossos discursos não seriam mais curtos, mas infinitamente longos. Com efeito, uma definição não pode estabelecer o significado de um termo do mesmo modo que uma dedução lógica não estabelece a verdade de um enunciado; a única coisa que ambos podem fazer é deslocar o problema para um estádio anterior. Para o caso em apreço, à época em Coimbra, estudante era aquele que usava capa e batina – se o não fizesse “vinha” à futrica – e o «futrica» era o não estudante. Admito que os termos, estudante e futrica, estejam a ser usados de forma simplista. Mas nego que a tentativa de os definir possa melhorar as coisas. De facto, em 2006, a realidade sócio-estudantil de Coimbra já não fundamenta a distinção.
Poderei, então, dizer que quem pretende discutir (definir), no presente, o que é ser-se «futrica» é cair na ambiguidade tantas vezes relacionada com as palavras “democracia”, “liberdade”, “dever”, “religião”, etc.
Desmorona-se, assim, a concepção essencialista do “futrica”, mesmo quando não tenta estabelecer os “princípios” do nosso conhecimento, mas se solicita a fazer a exigência aparentemente mais modesta de um preconceito.
Isto pode, por certo, ser tomado como um indício de que revela algo mais. Mesmo quando um termo tiver que suscitar dificuldades: Academista.
Quem pode resistir a mencionar, neste contexto, o facto de que os Academistas (aquele que segue uma prática de ocasião), contrariamente a todas as atitudes que têm e asserções solenes, não defendem ideais; motivados que estão mais de acordo com a atitude moderna perante a vida: são aqueles que sucumbindo sob a tensão não há qualquer saída, a não ser o refúgio interior mental que enveredando pelo sentido prático do “mundano”, como sendo característico do “Epicurismo”, e dos “homens que só desejam encher a barriga como as bestas”, apregoam o pragmatismo “puro e duro”: “epicurismo”, “materialismo” e “empirismo”. Na verdade, é esta a fonte da imensa autoridade dos Academistas.
Não obstante, embora o nome ACADEMICO raras vezes seja lembrado, tanto a sua “ciência” como a sua ética ainda vivem connosco o que me ajuda a explicar-vos que me é tão fácil querer que os nossos Dirigentes da Académica saiam do palco das grandiosas óperas de Wagner e não das farsas de Offenbach.

PS. Porventura mais um texto “redondo”, porventura mais um texto para reflexão…Quando se escreve é ao leitor, como ser único, que cabe a “classificação”…