"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Contactos

-Pardalitosdochoupal@gmail.com-

 

Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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segunda-feira, 2 de outubro de 2006

DO DESENCONTRO AO ENCONTRO

As grandes amizades são também indigestões que de quando em quando são esmoídas pelo jejum: não se pode ingurgitar eternamente pratos de lebre, de lúcio, de faisão, de lagosta, de perdiz, de capão, como num banquete renascentista onde os cães ladram, os convidados arrotam, os tambores ensurdecem e as harpas e os violinos acompanham os cantos de um “oportunista”” trovador. Para não sucumbir a tanta abundância, a essa pantagruélica alimentação, é preciso saltar: retomar o fôlego, gritar para o salão: intervalo.
Foi por isso que gritei: Mário, sai daí! Sai daí! Mas inutilmente.
Se foi exactamente isso que o deixou furioso torna-se difícil dizer porque, aliado ao trauma da sua saída do Blog Pardalitos do Choupal, há que ter em conta as consequências da sua bondade, da sua apetência para reger a orquestra mesmo que lhe entreguem uma pauta inacabada, permitindo, desta forma, ao trovador safar-se dos apupos e assobiadelas a que teria “direito”.
Como te compreendo Mário. É precisamente nisso que está a tua grande intuição de rebelde e de artista, a tua coerência.
Sabemos que em todos os regimes opressivos, uma boa guerrilha é como um argumento de teatro que o encenador dirige dos bastidores; sabemos que cada um dos personagens tem um papel diferente mas um último objectivo: induzir o opressor a confessar-se derrotado, mesmo sabendo que o opressor acaba por ceder com o tempo.
Todavia, sempre a minha interrogação: porque não age o Mário dentro de um movimento organizado, dentro de uma corrente, de um pensamento estruturado, porque se obstina em mudar as coisas sozinho, porventura com atitudes ou expedientes que podem ter o sabor de uma brincadeira, numa palavra o plano suicida? Que tem o Mário a ver com a guerra das cervejeiras?
Aliás, talvez por isso, conseguiu um sucesso pouco vulgar, raramente visto, ao suscitar agrados, paixões e ódios, desejos desenfreados de o manipularem. Todos se lhe oferecem até num plebiscito de cupidez sinistra: com telefonemas, e-mail, mensagens, bilhetinhos que lhe metem na mão, tudo confinado a profligar, desbaratar a sua “imagem” em proveito alheio. Sempre fingi não perceber.
E isto dá corpo às minhas perplexidades, corrobora os temores que já tive nesta viagem do Blog. Tudo, para mim e nesta data, constitui um desafio à razão, uma revolta contra o bom-senso, um pontapé na lógica. O ardor cego, surdo, exagerado; a ênfase e a retórica com que esse ardor se exprime; o arbítrio com que se dispensa ou impõe ao próximo ignorando as suas teses ou escarnecendo delas. Mas não na luta para atingir uma meta precisa: só na luta pela luta; a volúpia de se dissipar no perigo contínuo, no esforço incessante, na luta perpétua.
Ao meu grande amigo Mário, como se a diversidade ou até a incompatibilidade das nossas naturezas fossem a corrente de aço para nos manterem juntos, acabo como comecei: ao jejum sou muito avesso….