O mesmo sentimento de partilha

Ando há vários dias a tentar digerir o «vendaval» que assolou os "Pardalitos" e não consigo desvendar uma explicação lógica para o sucedido. Para mim, os quatro "pardalitos" não abandonaram o grupo, mas, somente, suspenderam, momentâneamente, o seu voo. É evidente que só posso estar solidário com a decisão por eles tomada, mas porque é que não hei-de estar com os restantes editores? Não entendo como é que uns quantos litros de cerveja conseguiram dividir o grupo?! Perceberia perfeitamente que a atitude tomada se devesse ao desgaste emocional e, porventura, até físico, provocado pelo ambiente doentio em que, por vezes, se instala na blogosfera, onde parece só haver lugar para o ódio. Neste aspecto, é evidente que não poderei deixar de pensar em Mário Castro. Quantos dias, quantas horas terá ele gasto, de uma forma apaixonada e única, a escrever no blog? Pude-me aperceber do seu desencanto no último(miserável) jogo da Briosa frente ao Nacional.

Num ápice, porém, o blog recuperou a sua dinâmica, graças a Frenando Pompeu que nos mostra de forma perfeita a impressionante "frieza dos números". Contudo, sinto que falta algo... falta muito! Onde estão os habituais incentivos de João Lemos antes dos jogos? Onde estão as palavras sinceras e directas de Luís Santarino? Onde estão os excelentes textos carregados de memória e apontando, ao mesmo tempo, metas para o futuro de A.Romão? E, sobretudo, onde está o grande Mário Castro? Entre grandes amigos e grandes académicos haverá sempre pontuais desentendimentos. Mal seria se assim não acontecesse.

Espero bem que amanhã, ao jantar, a cerveja transborde novamente, mas, desta vez, apenas para inundar todo o grupo do mesmo sentimento de partilha! Só consigo entender os "Pardalitos do Choupal " com todos os seus elementos! Nesta altura era fundamental que estivessemos todos unidos!

Vivam os "Pardalitos"(completos)! Viva a Académica!

P.S.1 O facto de só agora escrever algumas(poucas) palavras tem a ver com aspectos técnicos (computador ko), familiares e profissionais, mas, fundamentalmente, com o referido «vendaval» que me fez parar para reflectir.

P.S.2 Amigo Viterbo, li, com muita emoção, a entrevista(excelente) por ti dada ao jornalzinho lá da "Terra". Um abraço.