"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Com a devida venia ao «Campeão das Provincias» se insere um artigo no mesmo publicado na sua edição de hoje.
PRESENTE E FUTURO PRÓXIMO DA AAC-OAF


Desde 2003 que se renuncia à busca perseguida pelos juristas no sentido de sujeitar a Académica a normas, e de fazer aceitar, para o seu próprio progresso o conceito de que onde há uma sociedade deve prevalecer a regra jurídica; subvaloriza-se o papel dos associados, aqueles que procuram apurar factos, comparar situações, detectar interesses, ligar o passado ao presente e, através desse trabalho, prever acontecimentos e avaliar o seu peso e implicações; e por fim afasta-se o papel da sociologia e das suas possibilidades de análise.
Por outro lado, não são reflectidas sequer, nessa ideia de Académica/Empresa, os dados da ciência económica nem das ciências humanas de forma geral. Porque bem vistas as coisas, a crónica diz-nos que os sucessivos quadros apresentados pela Direcção – relatórios de gestão, balanços consolidados, orçamentos, são sistemas mais ou menos heterogéneos, mitos mais ou menos efémeros, messianismos menos duradouros – se afirma o elemento força, intervém o fenómeno ditatorial, assume relevo determinante o interesse e ambição pessoal.
Mas estas concepções, ainda que muitos não se apercebam ou fingem não perceber de facto, são no fundo de matriz oportunista, embora de um oportunismo pequeno-burguês, não heróico nem místico; e talvez deste facto, daqui haveremos de concluir quanto é frágil este conceito de sistema directivo.
Parece na verdade difícil de demonstrar e acreditar que o comportamento desta Direcção, e a atitude do Sr. Presidente, possam ser traduzidos em termos matemáticos de sinal mais; e não se afigura que a arte de decidir e os motivos de uma decisão – económica, financeira, emocional (ex: recente comunicado interno dirigido à equipa técnica e atletas), mil outros – estejam relacionados ou contidos em certezas pessoais (unilaterais), e por estas substituída. Porque a realidade primeira e suprema parece ser esta: em qualquer situação os três momentos básicos são os da «percepção», do «julgamento» e só depois a «decisão»: e nenhum tem “número equivalente” a calcular.
Será também, por outras palavras, o fim da história Académica, preconizada ou prevista por alguns; porque, para estes, os elementos fazedores da história Académica haveriam simplesmente desaparecido.
Precisamente: vivemos num interlúdio da obra Académica; num «laissez faire, laissez passer» onde a expressão «vamos ver…» é a mais ouvida no acantonamento da indiferença, do comodismo. É esta, efectivamente, a equação psicológica da nossa actual vivência associativa.
Não obstante, o medo que a Direcção tem de que outro pode preparar-se para atacar, na convicção errónea de que quererá “vingança”, justifica por seu turno as fugas sucessivas à realidade factual. Recorde-se a síntese pitoresca mas rigorosa de Thomas Shelling: «eles pensam que nós pensamos que eles pensam que nós pensamos atacar, por isso atacarão, logo nós temos que atacar».
Decerto. Haverá que se questionar: tem a Direcção a noção dos graves perigos que atravessa no tempo que está vivendo? Tem a solidariedade suficiente dos outros Órgãos Sociais? Detém outros requisitos essenciais? Haveremos assim ter por perigosos para a Académica, tanto a dúvida quanto à sua capacidade de liderança como a «incerteza da certeza da incerteza».
Neste particular uma alternativa a esta Direcção tem de possuir absoluta credibilidade; a sua eficácia assenta na certeza do que irá encontrar e o que a inspirará; e qualquer dúvida quanto a essa certeza e à dimensão dos seus objectivos reduz imediatamente o desígnio e o âmbito da sua bondade.
E é aqui chegados que se torna relevante encontrar um equilíbrio, na convicção de uma capacidade em identificar o enquadramento da situação interna, inventariar as vulnerabilidades, as ameaças externas. Advogam, alguns, que seria útil uma auditoria anterior ao período eleitoral (Abril 2008) vedando, assim, qualquer candidato deixar-se permear por ideias suicidas. Acontece que não estou de acordo. São já suficientes os “dados” fornecidos pelo auditor (ROC) e salvaguardar a Instituição a bizantinices deverá ser a preocupação dominante.
Haverá, pois, que descortinar no horizonte da Académica um pólo possível de “desbloqueamento” da situação: para tanto, bastará tão-só, alterar as actuais regras deste “jogo viciado” e aceitar uma solução de compromisso.



Lucílio Carvalheiro
Ex-Presidente do Conselho Fiscal da AAC-OAF