"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

Pardalitos estão neste momento a voar no Choupal

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Contactos

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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segunda-feira, 7 de abril de 2008

FOLHETIM BLOGOESFÉRICO

A HISTÓRIA DE UMA (VIL) TRAIÇÃO

Chamo-me Zé Manel Moleiro, nado e criado no Cortiço, freguesia do Cortiço, concelho de Alguidares de Baixo.

Sou conhecido pelo Doutor, pois fiz a tropa em Coimbra.

Desde pequenino que sou um fervoroso adepto do clube da minha terrinha, a AAC – Associação Atlética do Cortiço, pujante agremiação desportiva nas suas três modalidades: futebol, atletismo e peixe à toca.

Como bom filho da terra, não me limitava ir à bola aos domingos: fui seccionista, curandeiro, aguadeiro e endireita do emblema do meu coração.

Um belo dia, o histórico presidente da colectividade convidou-me para ser seu Vice-Presidente, o que aceitei de bom grado e entusiasmado, por poder finalmente e ao mais alto nível dedicar-me de alma e coração ao clube da minha paixão.

E a agremiação, modéstia à parte, bem precisava da minha colaboração. Eram anos a fio a militar no 2º escalão do Campeonato Regional de Alguidares de Baixo.

Quis Deus que o histórico presidente ganhasse umas eleições autárquicas e se tivesse mudado para a capital do concelho. Eis chegada a minha hora! Como Presidente, logo no ano seguinte subimos à 1ª Divisão: foi o delírio: o Campo do Batatal rebentava pelas costuras. Fui passeado em ombros pelo povo, que gritava extasiado o meu nome. A centenária instituição AAC-Associação Atlética do Cortiço voltava aos seus velhos tempos de pujança e cagança. No plantel, a esmagadora maioria eram filhos da terra. De todos os cantos do país e até do estrangeiros vinham corticenses à terra só para verem a bola, por se reverem na nossa agremiação.

Nos anos seguintes, fomos subindo e descendo consoante as verbas de que dispunha para pagar os pirolitos e as sandes de coirato aos atletas. E eu fui delapidando o meu património, pois não tinha tempo para levar água ao meu moinho.

Mas eu não sabia que o juízo final espreitava.

Eis que chega à nossa urbe um personagem tenebroso, grande construtor civil da sede de concelho, que fizera fortuna vendendo sobreiros no Alentejo. Vem acompanhado de um desconhecido, de seu nome Dudu Laranja. São os valiosos terrenos adjacentes ao Campo do Batatal que perseguem. É o gaveto no lugar da Cela que almejam. É o Bar da Sede e a Cave da Batota que cobiçam.

Eu não sabia, mas a dupla, paciente e sorrateiramente, foi-me minando o caminho. Havia que colocar o Dudu em dois lugares estratégicos: na Junta e no clube.

Para mal dos meus pecados, fiquei impedido de jogar no nosso velhinho campo, que entrara em obras encomendadas pela Junta de Freguesia. Vimo-nos obrigado a jogar em três localidades diferentes, num couval, num milheiral e num pinhal, com fracos desempenhos competitivos.

De repente, tudo se desmorona. A mando do empreiteiro e do seu testa de ferro:

- a Adosinda do Café deixou de fiar as sandes aos atletas;

- o Manel da mercearia cortou os pirolitos;

- o Quim Cambista já não adiantava o dinheiro das rifas;

- e outros, já garantidos, roeram a corda estranhamente.

Tive de me demitir. O Dudu tomou o meu lugar.

Hoje, a minha AAC-Associação Atlética do Cortiço está irreconhecível. Não tem alma nem mística. Os atletas são alimentados a ostras e caviar, regados com o melhor champagne, mas todas as épocas safamo-nos da descida na última jornada. O Estádio do Batatal está vazio, assim como os cofres da instiuição.

Só o empreiteiro é que se safou: conseguiu tudo aquilo que queria e foi pregar para outra freguesia. A fonte secou. Agora é que vão ser elas.

Tenho dito.

Nota: qualquer semelhança com factos ou personagens reais é pura coincidência.