AS Beiras:Lista B: “Unido e mais vivo”

Campos Coroa lidera a lista B, que concorre ao Conselho Académico (CA), frente a Jaime Dória Cortesão (representante da lista A). Coroa defende um órgão mais vivo do que tem sido nos últimos anos. “Nos últimos três anos, durante a presidência de José Eduardo Simões, o CA não reuniu uma única vez”, começou por lembrar o ex-presidente.

“Juntámo-nos para debater algumas estratégias que iremos desenvolver se vencermos”, esclareceu Coroa, no jantar-convívio que teve lugar, ontem à noite, em Santa Clara. O médico reiterou depois que o “CA não deve ser um órgão mudo como tem sido e deverá ser chamado a intervir quando se passarem situações gravosas, como por exemplo a exclusão da condição de associado [como aconteceu com Álvaro Amaro]”. Coroa lançou críticas à disposição das listas inseridas na lista A, congregadas num só grupo. “A separação feita na Lista A é absolutamente inadmissível e não quero partir do princípio que se tratou de uma situação deliberada”, frisou o candidato da lista B. Sobre os anteriores grupos de académicos que formaram o CA, Coroa não tem dúvidas: “os últimos CA entraram mudos e saíram calados, o que deu um grande jeito à direcção de José Eduardo Simões”.

Em remate, Coroa frisou que o projecto que lidera “não está contra ninguém, mas sim pela Académica”, até porque “esta é uma paixão que nos une e que continuará, mesmo depois de termos todos desaparecido”. A ideia passa por reunir o CA, a partir de Abril, “sempre que for necessário”, mas “pelo menos uma vez por mês”. Será essa a periodicidade indicada, na visão de Coroa, num projecto que defende “transparência e separação de poderes”.

Lista D

Reunir académicos

João Francisco Campos inaugurou a sua sede de campanha. A ideia é reunir "todos os académicos, comunguem ou não das nossas ideias".

Situada na Rua Sá da Bandeira, no edifício da ACIC, a sede de campanha da lista D, comandada por João Francisco Campos, conheceu ontem o primeiro passo. Numa apresentação que contou com dezenas de apoiantes da candidatura, entre eles Ferreira da Silva (líder da lista E, que concorre à Mesa da AG) e Frederico Valido (presidente do Núcleo de Veteranos). A ideia passa por acolher, no espaço de campanha, "todos os académicos, comungando ou não das nossas ideias", frisa Campos, que começou o discurso que abordou o programa de candidatura ao ler o prefácio escrito por Manuel António no livro de Carlos Carranca, "Académica Sempre – a Poética do Futebol". "Quem não tem memória, não tem vida", escreveu o avançado das décadas de 60 e 70, opinião partilhada por João Francisco Campos. "A Académica tem de ser do século XXI, mas tem de ter memória, para não ser um clube banal como tantos outros", sublinhou o opositor de Simões nas urnas de 14 de Abril.

No lote de novidades, em relação à entrevista concedida pelo candidato ao DIÁRIO AS BEIRAS e publicada anteontem, foram alguns os pontos referidos a reter. Assim, Campos falou da reunião da passada segunda-feira que teve com o presidente da DG/AAC, André Oliveira. "Conversa com bastantes proveitos. Falámos do protocolo existente e que não é conhecido pelos associados, porque não há a tal transparência que defendo para esta instituição". Sobre o Campo de Santa Cruz, expressou a vontade de "voltar a ter as camadas jovens da Briosa a jogarem lá", situação que o candidato acredita ser possível. Ficou ainda a saber-se que haverá, caso Campos vença as eleições, um treinador-adjunto, na equipa técnica dos seniores, vocacionado para as camadas jovens da estrutura estudantil.No dossiê de campanha para os próximos dias, destaque, entre "outras novidades" ainda não desvendadas, para uma palestra, na quinta-feira, na sede, de um técnico do FC Porto, no âmbito do departamento de prospecção.