Lendo nas entrelinhas

Há uns dias atrás, a comunicação social propalava que a Académica não manifestava nenhum interesse especial em acelerar a contratação de um novo técnico, por manifesta falta de poder negocial (leia-se: financeiro).
Falou-se de Carvalhal, de João Alves (assinou pelo histórico Servette, da Suíça), Faquirá, etc, etc.
O estranho é que a altura ideal para chicotear era esta: longo interregno de 3 semanas, logo o novo técnico com assaz disponibilidade para efectuar uma autêntica nova ‘pré-época’ (chamemos-lhe assim) – como fizeram os nossos vizinhos da Figueira.
Ora, reza o comunicado da Direcção:
“Face à recente saída de Rogério Gonçalves da equipa técnica da Académica, a Direcção da AAC/OAF vem por este meio anunciar que Zé Nando, até agora treinador adjunto, irá assumir, durante os próximos jogos, os destinos da equipa profissional de futebol. Deste modo, realçamos ainda que o anúncio da recomposição da equipa técnica da Académica será feito oportunamente, sendo que o perfil da mesma deverá adequar-se ao superior interesse da AAC/OAF.”
Para quem não reparou, esta foi uma forma subtil de preparar os sócios para a realidade:
não há dinheiro para um novo técnico.
- assim, refere o comunicado que o Dr. José Fernando assumirá os destinos nos próximos jogos;
- e que o anúncio de um novo técnico será feito oportunamente …, e se tiver perfil…
Ou seja, JES concedeu um período alargado de teste ao Zé Nando e somente em caso de as coisas correrem francamente mal se equacionará a contratação de alguém para o seu lugar.
Esta a leitura que faço das entrelinhas do comunicado.
Pessoalmente acho que o Zé Nando – senhor de um percurso pessoal, profissional e académico único, licenciado em Ciências da Educação pela septacentenária Universitatis Conimbrigensis depois de ter chegado à Briosa com o 9º ano e com um percurso interessantíssimo como técnico na época transacta – poderá ser uma boa solução.
Os resultados o ditarão.
Tenho dito.
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