"Pardalitos do Choupal"
Associação Académica de Coimbra
Consideremos desde já a primeira conclusão, isto é, como ao tempo disse, a certeza segundo a qual o(s) contrato(s) entre a AAC-OAF e a TBZ, estariam destinados a desaparecer ou a tornar-se insignificantes.
Há que admitir que a premissa, a teoria de que a TBZ seria o aumento da riqueza profissional da AAC-OAF, previu efectivamente o desaparecimento de uma certa alegoria aos caminhos antes trilhados, ou seja, constituições de empresas de capital 100% AAC-OAF para suporte económico desta (Bingo e Buraco Negro eram exemplos). Resultado: a AAC-OAF foi remetida à situação de dependência económica, onde, pasme-se, tal movimento levou a uma concentração, em numerário, cada vez maior de riqueza na TBZ – até as quotas dos sócios!
Mas, por mais admissíveis que sejam, hoje, as observações da Direcção da Académica quanto aos estabelecimentos comerciais que não pagam as rendas acordadas com a TBZ, isto, sem dúvida afecta a segunda conclusão, a certeza de, digamos, uma “revolução contratual” nos documentos existentes. Antes, porém, de tecer a crítica como se chegou a esta situação – mais processos judiciais – é necessário discutir, com algum pormenor, o papel desempenhado pela Câmara Municipal, assim como a aceitação da AAC-OAF. Isto é, se pudéssemos dar como assente, ou intuitivamente certo, que nos contratos de arrendamento celebrados, à TBZ se seguiria a AAC-OAF e a esta a Câmara Municipal, então esta expressão de revolta da Direcção da Académica – processos judiciais de despejo – seria bastante satisfatória.
Estas considerações mostram que, para uma reconstituição adequada da exploração do Estádio Cidade de Coimbra, a AAC-OAF deveria constituir uma empresa – 100% capital próprio – que nos remeta para a plena autoridade administrativa e que permita, tanto quanto possível, a participação bem sucedida da Câmara Municipal na observância de certas regras simples, melhor dito, simplificadas.
Em suma: aqui apenas desejo deixar, sumariamente descrita, a razão porque considero a exigência de uma atitude empresarial da AAC-OAF como uma das partes mais importantes a abordar em qualquer análise de suporte económico-financeiro à actividade de “serviços – espectáculo desportivo” que é, como a experiência tem demonstrado, excessivamente deficitário como negócio.
Lucílio Carvalheiro
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