"Pardalitos do Choupal"
Associação Académica de Coimbra
Trataram-se de opiniões muito vulgarizadas; mas não tenho dúvidas que não correspondiam à verdade. Desde logo, os factos demonstram o conteúdo programático – só alguns exemplos: a) as Assembleias-Gerais (AG) passaram a ser das mais concorridas e mais frequentes; b) As Contas certificadas legalmente e auditadas por entidade externa; c) a discussão do modelo de gestão; d) a subida de divisão; e) O complexo desportivo Dr. Francisco Soares.
Não pretendo sugerir, pelos exemplos aduzidos, que tais “notáveis” da e na Académica não existam. Pelo contrário, são “notáveis” típicos. Tornam-se importantes, por exemplo, sempre que crêem sinceramente que sabem implantar o céu na terra, são os mais susceptíveis de adoptar a teoria da conspiração e de se envolverem numa contra conspiração para combater conspiradores inexistentes.
Decerto. Muita coisa, absolutamente insustentável, foi dita. Considerada deste modo, talvez surpreenda alguns sócios e também alguns observadores a composição da Comissão Administrativa. Coube lá tudo – cerca de 30 elementos!. Mas não se disse e eles não sabiam que tudo era comandado pelo Sr. Eng. Qual Eng?. O do grupo Amorim? Não. Quem? Só uma minoria sabia – o grupo dos 13.
E cedo o grupo dos 13 ficou em “frangalhos”: De um lado puxavam os “notáveis”; do outro, o que aportava recursos financeiros, para além destes sempre aqueles que gostam de “vegetar” mostrando-se para a fotografia.
Na verdade, pensaram que a verdadeira essência da Académica era a doutrina segundo a qual as motivações económicas e, especialmente, os interesses dos “notáveis” seriam as forças impulsionadoras da Briosa.
Nada mais errado. De facto há algumas passagens importantes que dificilmente poderão ser interpretadas como transparentes, ou sequer rigorosas, por parte da Comissão Administrativa. A tarefa central devia ter sido a explicação do desenvolvimento das condições dos fracassos que registou: Caso N´Dinga, Caso cervejeira, Caso Jornal Académica. Não a fizeram, ainda ninguém se dignou esclarecer.
Dito de outra forma e em jeito de balanço entre a anterior Direcção e a Comissão Administrativa: as relações sociais só têm significado histórico proporcionalmente ao grau da sua vinculação ao património produzido – na medida em que o afectam ou são por ele afectadas, pelo que, no reino das coisas feitas, deve perguntar-se “Quem fez o quê?” “Quem usou as coisas feitas?”.
Lucílio Carvalheiro
Coimbra,
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