GNR ao ataque

Sei perfeitamente que este não é um espaço, de vivência comum, nem de outra coisa, que não a Académica.
Mas , a minha indignação, enervamento, e acima de tudo revolta, fazem-me abusar dos leitores deste blog, com uma peripécia anormal para mim, mas comum para quase todos.

Ia eu levar o João Lemos à Granja do Ulmeiro, depois do habitual jantar das sextas feiras, quando em plena via rápida, no sentido Coimbra- Taveiro, nos deparamos com uma operação stop.
Um cabo da GNR depois de pedir os documentos, visionar o carro e seus acessórios, depois de não dar com o selo do seguro (bem estampado no vidro), e de comentar que eu não vinha com o cinto de segurança, preparava-se para me mandar seguir viagem.
Quando eu, o João Lemos, e o Luís Santarino, nos preparamos para seguir viagem ouço da boca do GNR, o seguinte:
- Ah! Vou-lhe passar um auto, por vir sem cinto de segurança. Os seus colegas não sei se vinham com ele ou não, mas você confessou que não o trazia.
Eu, claro, fiz-lhe ver que só tinha confessado por honestidade, e o Santarino achegou com a argumentação lógica, que as leis são flexíveis, o que a bem da verdade, confundiu o cabo de uma vez por todas.
- Flexíveis? Isto não é nada com o senhor. "Vomitou", perdoem-me a expressão, o mal engalanado cabo.

O Santarino, fazendo jus à sua conhecida indignação, continuou a discutir com o pobre diabo, o que não adiantou rigorosamente nada. Se calhar só piorou.

Mas o pior estava para vir.
Eu, ainda na solene esperança, de aquele triste, poder ter um resquício de generosidade, lá fui tentando demovê-lo de me multar.Cheguei a dizer-lhe para me fazer o teste de alcoolémia, ao que ele me respondeu que o ia fazer a seguir.
À minha insistência, aquela perfeita besta, teve a distinta lata de me dizer o seguinte:
- Você sabe que nós estamos aqui a ganhar o nosso!!! (Assim mesmo!!!). Apesar de não termos nenhum prazer no que fazemos, é isto que nos dá de comer.

Fiquei doido.
A seguir, perguntei se podia pagar a multa (120 €!!!) no momento. Ele disse que sim, e paguei com o cartão multibanco.
Claro que exigi o recibo.
Mas qual recibo? A máquina não tinha bateria.

Enquanto, pediu a um soldado para ir buscar outra máquina, obrigando-nos a estar á espera e ao frio, a "besta" ia fazendo o auto.
Mas, acreditem ou não o pobre não sabia ler nem escrever.
Ia pedindo ao soldado mais novo de idade, para lhe ler o que diziam os documentos!!!
Incrível!!!
A "escrita" do triste, está comigo. Podem vê-la!!!
Percebe-se....nada!!!O nome é um rabisco, que mal se consegue perceber.

No fim, quando lá veio a outra máquina, e antes de nos mandar embora, teve a distinta lata de nos pedir desculpa por qualquer contrariedade!!!
(Refira-se, que enquanto esperávamos, mandou parar um velho homem que conduzia uma velha mota, e temo que lhe tivesse acontecido o mesmo. Se mais não houvesse para autoar, nada me admiraria, que o fizesse, pela falta do cinto...)

Não está em causa o cumprimento da lei.
Está em causa, sim, os homens que a GNR põe na estrada, a fazer um trabalho sujo (sim!!! SUJO!!!), sem que tenham educação, bom senso, cultura e no mínimo, FLEXIBILIDADE!!!
Se alguém lhe ler este post, expliquem-lhe muito bem, o que quer dizer este termo!!!
A esta gente, não guardo nenhum respeito. Enojam-me, ao vestir uma farda, que deveria honrar os cidadãos.

Nota: Não fez teste de alcoolémia nenhum. Para mal dos meus pecados...