"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

AO RELENTO X V III

QUALIDADE, O QUE É?


Várias vezes estive tentado a escrever sobre alguns comentários tornados públicos por alguns daqueles que nos visitam. Vou fazê-lo hoje embora a minha condição de técnico, não me torne mais “sábio” ou mais capaz, no entanto talvez a minha experiência me faça ver e analisar alguns parâmetros de forma diferente e completamente desapaixonada.
Vamos por partes:
Transferiram-se esta época alguns jogadores para a Académica que têm originado, fruto do seu menor rendimento, bastante controvérsia.
Gelson: Conheço-o pessoalmente. Posso até afirmar sem grande margem de erro que estamos perante um homem de grande carácter, de grande dimensão humana e acima de tudo que patenteia grande humildade. Não sendo factores decisivos, sei que não deixarão de ser questionados por quem contrata. E desportivamente? Gelson, é um atleta que ainda mostrou poucas qualidades no plano técnico e no plano táctico. Por outro lado, a falta de rotina específica numa determinada posição também não o tem ajudado a afirmar-se. Tecnicamente Gelson é pouco evoluído. Tem pouca precisão na recepção, tem menor qualidade de passe e tem dificuldades em coordenar o movimento (deslocamento rápido) de entrada no espaço vazio, o que lhe trás dificuldades na temporização (momento ideal para receber e soltar a bola) e consequentemente na leitura de jogo. Por outro lado e para quem vinha rotulado de Ponta de Lança, faz movimentos pouco específicos, manifestando alguma dificuldade a jogar e segurar a bola de costas para a baliza. Mas Gelson não tem atributos positivos? Claro que tem! Pelo menos três e bastante importantes. Demonstra grande disponibilidade física e mental para se sacrificar pela a equipa, quando o treinador lhe destina tarefas que se vêm perfeitamente não estar habituado a desempenhá-las. Tem um excelente jogo de cabeça e ao mesmo tempo excelente tempo de salto. Por fim demonstra ter grande espírito de equipa, grande lealdade ao colectivo (sobrepondo sempre este aos seus próprios interesses) por consequência grande sentido de entreajuda bem como grande capacidade de pressão.

Hugo Alcântara tem sido outro dos atletas que tem gerado grande controvérsia. Estamos a falar de um jogador atleticamente muito bem dotado para a sua posição. E o que exige, entre outras coisas, um treinador no plano técnico- táctico a um central?
Grande concentração (para evitar faltas em zonas perigosas), leitura de jogo, velocidade, mobilidade, capacidade de antecipação, frieza, poder de choque, firmeza no jogo aéreo, facilidade em lançar o contra ataque ou o ataque rápido etc., etc...
É evidente que Hugo Alcântara reúne algumas destas características. E quais?
Na minha opinião, poder de choque, firmeza no jogo aéreo (embora esta época já tenha perdido algumas bolas de golo no confronto directo), razoável leitura de jogo e poder de antecipação. Só estes argumentos bastam para se dizer que estamos na presença de um grande defesa central? Não! Apenas que estamos na presença de um central de média qualidade e com capacidade mais que suficiente para jogar na Primeira Liga Portuguesa. Pode melhorar? Claro. Tem ainda boa margem de progressão.

Zé Castro, por contra ponto tem sido inexplicavelmente e sucessivamente atacado. Nomeadamente por alguns que para defenderem a sua opinião pretendem atacar de forma menos elegante aquele que deveria ser (por tudo o que fez na Instituição, em 16 exemplares anos de carreira) um dos jogadores mais consensuais das últimas épocas.
Zé Castro tem indiscutivelmente quase tudo para ser uma grande defesa central. Do que referi atrás o que tem a menos?
Poder de choque. Está claramente melhor na discussão individual do jogo aéreo, embora possa ainda vir a ser mais contundente, neste particular aspecto. Comete erros? Como todos! Mas menos que os outros. Por isso é melhor!
Mas eu pergunto: Teremos neste momento, no nosso País um central com tão bom posicionamento? Com muito melhor leitura de jogo? Muito mais rápido? Com melhor posicionamento defensivo no jogo lateral (dobras)? Com melhor antecipação táctica do lance seguinte? Com melhor qualidade de passe curto ou longo? Que cometa menos faltas em zonas perigosas? Que disciplinarmente atinja menos do que 3 ou 4 amarelos numa época? Que jogue com tanto à vontade numa Selecção Nacional? (neste particular aspecto só mesmo Ricardo Carvalho , Jorge Andrade e Fernando Meira).
Meus caros académicos, sei bem do que falo, mas já agora perguntem ao Professor Nelo Vingada qual é também a sua opinião. Provavelmente (e sei o que afirmo), ainda consegue ser mais favorável que a minha!
Talvez seja inevitável a sua saída no final da época, mas seria para todos nós, os académicos, um enorme motivo de orgulho vê-lo a médio prazo ter ainda mais sucesso e desejar que viesse a Coimbra terminar a sua carreira. Sem lesões graves e com um pouco de sorte, ele será um dos melhores centrais Portugueses dos últimos anos. Condições (físicas, técnicas, tácticas e mentais), tem ele!

Sobre Roberto Brum, nem sequer falo, dada a sua grande qualidade.

Por fim vou falar de Joeano. Sou suspeito. Indiquei-o à Briosa em Novembro do ano 2002. Ainda como treinador da equipa B e depois dos muitos jogos que fiz de observação dos nosso adversários, achei que estava ali um jogador novo, com grande margem de progressão e caso fosse possível, poderia passados alguns dias na reabertura do mercado, vir para a principal equipa da Académica, podendo fazer um pequeno tirocínio pela equipa B.
Entretanto, como todos se recordam, a Direcção de Campos Coroa "cai " e com a entrada da nova Comissão de Gestão em funções, foi-me pedido um relatório (pelo saudoso Dr. João Moreno) sobre a equipa B e eventuais reforços para o ataque. Para além de outros nomes, indiquei o de Joeano. Entreguei inclusivamente relatórios sobre ele (Nuno Castanheira Neves é testemunha). Até que numa célebre reunião com João Pedro Parreira (onde eu e o N.C.N. estivemos presentes), aquele ex. dirigente (J.P.P.) me disse que Joeano não era nome de jogador. Olhei para o lado e só por respeito ao N.C.N. não saí da sala.
Passados poucos dias jogávamos em Touriz com a Sanjoanense e uma pessoa muito próxima da Comissão de Gestão e muito influente na Instituição, deu-me autorização para no final do jogo abordar o jogador e saber se ele estaria interessado em vir para Coimbra. Claro que todos imaginamos a resposta, mas ao que sei a Sanjoanense travou o negócio. Acabou apenas por vir passado precisamente um ano.
Joeano, foi determinante na nossa manutenção há dois anos atrás. Sem ser um jogador de eleição, é claramente um daqueles atletas que qualquer treinador deseja ter no seu plantel (nomeadamente em equipas do meio da tabela), atendendo a que faz com alguma qualidade as três posições da frente. Para além disso “empresta” ao jogo uma “alma” fora do vulgar, tão grande é a sua generosidade competitiva. Está sempre disponível, ataca e defende, remata facilmente com os dois pés, é agressivo, pressionante, não tem lesões, quando é suplente utilizado não entra com “azia”e quando utilizado com frequência faz golos. Alguns deles decisivos.

Meus amigos, neste espaço ninguém é xenófobo, ninguém mais dos que editam textos, quer o sucesso da Académica. Como já foi várias vezes escrito, ninguém quer chegar ao poder e ninguém deseja que a Briosa não ganhe (como pateticamente alguns já escreveram).
Meus amigos, todos desejamos o mesmo para a Instituição.

VITÓRIAS, VITÓRIAS E MAIS VITÓRIAS!

ABRAÇO A TODOS E VIVA A ACADÉMICA!