Antevisão do Belenenses - Académica

Algumas horas nos separam daquele que poderá ser um dos jogos mais importantes da Briosa na presente época. Considero que a derrota em casa com o Braga, foi difícil de digerir, mas o mais importante é centrarmos as nossas atenções para Belém.

Talvez jogando fora de portas os nossos jogadores, consigam executar a estratégia com mais rigor, mais concentração e sobretudo mais disciplina táctica.

Esperando que ninguém leve a mal, este parece-me ser actualmente um dos grandes problemas da nossa equipa.

Reflecte-se sobretudo no espaço que existe entre sectores, aquando das transições defensivas (ainda no ultimo jogo, o nosso sector defensivo foi sucessivamente “atacado” em igualdade numérica e superioridade numérica, com a agravante do adversário aparecer várias vezes com a bola dominada de frente para os nossos defesas e com a possibilidade de os ultrapassar colocando a bola no espaço (nas costas), ou até de provocar aproximações perigosíssimas com a bola controlada facilitando os duelos individuais).

Meus caros amigos, não há nenhuma equipa que resista quando os sectores se distanciam e se “partem”. Atendendo ás poucas opções defensivas existentes, a participação colectiva de todos os jogadores, nos momentos defensivos, é fundamental.

O tão propalado espírito de equipa, sente-se nas quatro linhas e não só nas quatro paredes do balneário. E muito do nosso sucesso, ou não, poderá passar por aí. Vamos todos acreditar!

Quanto ao jogo é provável que o Belenenses possa voltar ao 442 em losango, já que em muitos dos jogos em casa é assim que tem actuado. Em relação ao ultimo jogo fora, Paulo Sérgio poderá não ser opção para jogar de inicio.

Provavelmente poderão jogar da seguinte forma: Um quarteto de 4 jogadores (Amaral e Rui Jorge como laterais, Pélé e Gaspar como centrais). 3 médios (Sandro como trinco, Ruben Amorim e Pinheiro ou Fábio Januário como interiores). Á frente destes, Zé Pedro.

No ataque, Meyong e Silas.

Neste sistema o adversário procura ter superioridade no meio campo, obriga a que os laterais da Briosa “peguem” nas suas marcações directas (aos interiores) numa zona mais interior e mais subida. Serão portanto os laterais do Belenenses a jogar mais em profundidade.

De qualquer forma, com as características dos jogadores que o Belenenses tem, o sistema táctico a qualquer momento do jogo poderá ser alterado, nomeadamente para um 433 ou 4231. Precisamos acima de tudo de ter jogadores confiantes e com espírito de missão. Bloquear bem as saídas dos laterais, anular no meio campo os criativos Ruben Amorim (atenção á sua meia distância) e Fábio Januário (se jogar), bem como a mobilidade do Zé Pedro, torna-se também imperioso.

Depois ter coragem e capacidade para assumir o 1x1, no sector defensivo, vigiando com a máxima concentração Silas e sobretudo Meyong.

Não esquecer também o perigo que vem das bolas paradas, nos livres frontais apontados pelo Ruben Amorim ou Zé Pedro e nos cantos ou livres indirectos descaídos para as faixas laterais, do bom jogo de cabeça do Gaspar, Pélé e Meyong.

Por outro lado, é bom que alguém relembre aos nossos jogadores que o Belenenses, é a equipa com mais derrotas em casa, o que de alguma forma lhes poderá provocar alguma intranquilidade.

MALTA BOA SORTE !