Os «Pardalitos»

IDENTIFICAÇÃO DA ESPÉCIE

Reino – Animal

Classe – Aves

Ordem – Passeriformes

Família – Passeridae

MORFOLOGIA EXTERNA

O macho tem a cabeça cinzenta, a nuca castanha, o peitilho grande e preto com a parte inferior sarapintada, as faces são branco-acinzentado (sem as coberturas auriculares pretas), as partes inferiores são também branco-acinzentado e as partes superiores são castanhas raiadas de preto, a cauda é castanha e a asa tem uma barra branca. A fêmea é toda castanha com as partes superiores raiadas de preto e as partes inferiores de cor bege. Os juvenis são semelhantes às fêmeas. Atinge um tamanho de cerca de 15 cm.

HABITAT

Encontram-se nas cidades, nas vilas, nas aldeias e nas propriedades rurais (em redor das quintas). No Inverno associam-se grandes bandos junto das terras de cultivo para se alimentarem.

ALIMENTAÇÃO

O pardal alimenta-se de sementes (especialmente milho), bagas e insectos. Os juvenis alimentam-se apenas de insectos.

REPRODUÇÃO

A nidificação é feita em buracos nos muros, debaixo dos beirais das casas, nas trepadeiras das paredes ou em sebes altas. Quando nidificam nas sebes, o ninho é uma estrutura desleixada com uma abertura de lado e é feito de palha, erva seca, plantas e às vezes de papel e guitas. É forrado com penas e lã. Quando nidificam nos buracos, o ninho tem a forma de uma taça e é forrado de igual modo.

LOCOMOÇÃO

O pardal tem dois tipos de locomoção como todas as aves voadoras. No ar desloca-se através do voo e no chão desloca-se aos saltos.

REVESTIMENTO

O seu corpo encontra-se revestido de penas que o protegem do frio e da chuva.

MODO DE VIDA

Os pardais reúnem-se com frequência em bandos numerosos e ruidosos que não param de chilrear e piar.

Caro Leitor,

Os dados acima são a melhor forma de dar-lhe a conhecer uma das principais características, se não mesmo o traço mais marcante dos editores deste espaço. De facto, se não há, em cada um de nós, muitas das características da ave que adoptámos como símbolo, seja ao nível da morfologia, da alimentação ou do processo reprodutivo, o mesmo não pode dizer-se no que respeita ao modo de vida, item no qual os Pardalitos do Choupal fazem verdadeiramente juz ao nome.

Assim, como os propriamente ditos, é com frequência que os Pardalitos se reunem em numeroso e ruidoso bando, que não pára de «chilrear» e «piar», principalmente se e quando o assunto é a Briosa, causa que a todos irmana e motiva e que, em bom rigor, é o verdadeiro móbil da existência deste espaço, a par da amizade fraterna que existe entre os membros que o dirigem.
Somos, desse ponto de vista, pardalitos na verdadeira acepção da palavra, porque comunicativos, sociáveis e praticantes da intervenção em grupo.

Hoje, altura em que o eco dos nossos chilreados se reflecte em mais uma marca histórica, a dos 200 mil cliques, fica transposta uma importante barreira de popularidade para o nosso blog, em apenas 8 meses de existência.

Um número que sendo significativo é no fundo bastante inferior à realidade, ou não tivesse havido, a determinada altura do percurso, «mão invisível» a fazer das suas, sobre a nossa conta de webstat (contador oficial)...

Mas, afinal de contas que importa?

Não são já os Pardalitos uma incontornável referência da Briosa?

Não é o nosso blog um dos mais visitados a nível nacional entre os blogs de futebol e seguramente o mais visitado da cidade de Coimbra, mesmo em confronto com os seus homólogos de carácter generalista, alguns deles com vários anos de actividade?

Não é nos Pardalitos que se obtêm em primeira, diria mesmo primeiríssima mão, notícias variadas sobre a Académica, como a contratação de Luís Agostinho para o cargo de Director Desportivo, a saída de Vingada e a entrada de Manuel Machado para técnico principal, ou as contratações de que tantos duvidavam e outros tantos negaram «a pés juntos» de Litos, Nestor Alvarez ou Sonkaya, para só citar alguns exemplos?

Pensamos sinceramente que sim... e por isso temos também a sensação da missão cumprida... Os Pardalitos nasceram para isso mesmo: para informar sobre a Briosa, para opinar sobre o seu quotidiano, para criticar as opções de quem a dirige, de peito aberto e olhos nos olhos, quando se entende que tal se justifica, em nome dos interesses da instituição.

Foi aliás assim, por serem portadores de tal postura, que foram os Pardalitos preenchendo inevitavelmente um espaço na blogosfera da Briosa, reclamado por uma imensa «maioria silenciosa», que agora começa a acordar para a palavra: aqueles que não se revendo no rumo da Académica que hoje temos, se manifestam contra o oportunismo, a demagogia e a propaganda, as promessas vãs e reiteradamente incumpridas, a «forma pouco académica de estar e de ser» que se reconhece nalgumas das medidas tomadas por quem comanda, designadamente a propósito da descaracterização da mística e do ideário da «velha senhora» e da gradual, mas efectiva transformação da Briosa num clube como outro qualquer, onde o que conta é simplesmente e tão só a «bola na rede»...

Esse tem sido, a nosso ver, o grande mérito deste espaço: dar voz a quem a não tem nos jornais ou na Comunicação Social, dar respostas a quem as pretende e não as obtém nas Assembleias-Gerais da AAC/OAF, dar oportunidade de opinar a quem quer apontar soluções, rumos, caminhos para o futuro.

Neste espaço tudo isso pode ser feito, sem se esbarrar permanentemente no autismo autoritário e na auto-presunção narcisista de quem se julga dono, único e exclusivo, de um emblema, cujo prestígio e a nomeada foram construídos ao longo de décadas, com o sangue, suor e lágrimas de milhares e milhares de dedicados e marcantes académicos que a memória por vezes injustamente esquece, ou pior, nalgumas ocasiões repudia...

Participar nos Pardalitos, concordando ou discordando da linha editorial prosseguida, já se tornou pois num obrigatório «acto de cidadania académica», o que muito nos orgulha, principalmente tendo em conta que o blog conta apenas escassos oito meses de existência.

Oito meses durante os quais valeu a pena o tempo perdido, o trabalho feito com dedicação e afinco, as horas de apaixonantes e por vezes acesas discussões, sobre a feição a dar ao blog e o posicionamento dos Pardalitos, face aos rumos futuros da nossa Briosa.

Sim, para nós Pardalitos torna-se hoje, mais claro do que nunca, que valeu a pena voar convosco, numa viagem que nos enriqueceu pessoalmente a todos, enquanto académicos, mas que, modestamente, julgamos também ter contribuído para enriquecer a própria Briosa, mais que não seja com um novo espaço de debate aberto a todos (como é fácil constatar pela simples leitura dos comentários aos tópicos que vamos produzindo), algo de que a nossa instituição tanto carece nos dias de hoje.

Por isso fica o repto: ajudem-nos a continuar e não deixem de visitar-nos!

Sem vós o voo dos Pardalitos tornar-se-ia uma incessante migração sem ponto de chegada e as suas viagens deixariam, obviamente, de fazer qualquer sentido.

Porque no fim de contas, reconhecê-mo-lo, sois vós os verdadeiros responsáveis, pelo facto do nosso blog ter definitivamente ganho asas e rasgado horizontes, planando hoje tranquilamente a céu aberto, algo que só é apanágio de quem já aprendeu a voar!

Por isso mesmo, deixamos um fraterno abraço a todos, com o reconhecimento e a gratidão do colectivo dos Pardalitos.

O staff do blog Pardalitos do Choupal