"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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Pardalitos a voar no Choupal
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sábado, 1 de setembro de 2007

Quem é o nosso adversário de Domingo?

O Club Sport Marítimo é um clube de futebol da ilha da Madeira, tendo cerca de 24000 sócios inscritos, sendo que no entanto apenas 1/3 têm as quotas em dia. A sua principal modalidade é o Futebol, mas conta ainda com Andebol, Automobilismo, Atletismo, Basquetebol, Futsal, Hóquei em patins, Patinagem, Karaté, Natação, Pesca Desportiva, Tiro e Voleibol. Normalmente conotado com os mais baixos estratos da sociedade madeirense, no entanto nota-se que hoje em dia, fruto de uma maior mobilidade social, é um clube transversal. Tem no futebol a sua maior e mais mediática modalidade, estando a sua história indubitavelmente ligada a este desporto.

Origens
Tendo a sua formação estado ligada ao mar e aos que daí tiravam o seu sustento, desde cedo foi adoptado como a voz e a principal força desportiva das camadas mais baixas da população a contrapor com o carácter monárquico e elitista do Club Sports Madeira o seu principal rival nos primeiros tempos. Fundado por Cândido Gouveia, tem uma data de fundação algo incerta, sendo no entanto consensualmente apontado o dia 20 de Setembro de 1910. Dada a crença numa nova ordem de progresso e liberdade (os ecos republicanos já se faziam fortemente sentir, levando a que a 5 de Outubro de 1910 fosse instaurada a República), adopta as cores conotadas com o Partido Republicano Português.

Os primeiros tempos
Desde cedo começa a evidenciar-se, primeiro em jogos de exibição, depois já com a disputa a partir de 1916 do Campeonato Regional de Futebol, tendo ganho os dois primeiros títulos e perdido de forma inglória o terceiro para o Clube Futebol União, clube formado depois de uma cisão dentro do próprio Marítimo em 1914 e que cedo se tornaria durante épocas o seu principal rival. Contudo foi o União que impediu que o Marítimo viesse a fechar as portas mais tarde, devido a uma grave crise financeira, cedendo-lhe as suas instalações temporariamente. Com uma combatividade e raça fora do normais e evidenciada pelos jornais da época, o Marítimo exerce a sua supremacia a seu bel-prazer dentro das provas domésticas, quer em jogos de exibição que ia fazendo com equipas de fora do espaço da região. Era o modo das classes mais baixas descarregarem as frustrações de um dia-a-dia árduo, numa terra pobre como era a Madeira.

Campeões de Portugal
A partir da época 1921/22 é instituído o Campeonato de Portugal, jogado num sistema de eliminatórias (semelhante à actual Taça de Portugal), estando habilitados a competir os respectivos vencedores dos campeonatos regionais das associações recentemente criadas. Naturalmente e fruto do seu domínio a nível interno, os verde-rubros marcam inúmeras presenças na prova - 13 presenças em 17 edições desta competição. Depois de algumas tentativas, na época de 1925/26, o clube sagra-se Campeão de Portugal em 1926, tendo vencido na final o Clube Futebol "Os Belenenses" depois de uma caminhada épica, tendo disputado a final sido disputada no Porto. Estava criado o epíteto de Maior das Ilhas.

Exclusão das Equipas Insulares
No início da década de 30 o clube entra numa grave crise financeira, não tendo no entanto a sua supremacia interna ter sido beliscada, fruto da abegnação dos seus atletas e simpatizantes. Vivia-se em pleno Estado Novo e provavelmente a Revolta da Madeira ocorrida ainda durante o período de ditadura militar em 1931, dificultou o aceder das equipas fora do espaço continental europeu português ao recentemente criado (1934) Campeonato da I Liga. A estas equipas restava o acesso à criada Taça de Portugal a partir de 1938/39, tendo o vencedor madeirense que disputar uma espécie de liguilha com o vencedor açoreano.
Os clubes insulares são impedidos de esgrimir os seus argumentos, tendo de se voltar para as suas competições internas. No entanto, o contacto com equipas de fora prossegue, tendo na década de 50 a equipa feita uma espantosa digressão por África, tendo elevado bem alto o nome da Região, enchendo de orgulho os seus naturais. A nível interno, o final de 50 e o início da década de 60, a equipa passa por um período menos bom, assistindo a boas perfomances por parte do seu rival União.

Regresso aos Nacionais
O Marítimo retoma entretanto nos finais da década de 60 a senda das vitórias, vincando toda a sua hegemonia. As competições internas já eram demasiado pequenas para as justas ambições do clube. O Marítimo começa a interceder junto de vários canais, para se começar a equacionar o acesso dos clubes insulares às divisões nacionais, facto que foi vedado durante décadas. Na mesma altura, de modo a criar uma equipa suficientemente competitiva para representar o futebol madeirense nos campeonatos nacionais, a Associação de Futebol da Madeira faz a proposta de junção dos 4 maiores clubes madeirenses da altura - Marítimo, União, Nacional e Sporting da Madeira. O Marítimo não se opõe à criação dessa equipa, mas recusa aderir ao projecto, indicando que quer ter a hipótese de conseguir o acesso por seu mérito. Após árduas negociações, nas quais se estabeleceu que o clube que obtivesse o primeiro lugar no campeonato regional de 1972/73, disporaria de uma vaga para disputar a liguilha entre os últimos da IIªdivisão e os primeiros da IIIªdivisão, mas ficando o clube encarregue das despesas das viagens das equipas adversárias e das respectivas equipas de arbitragem, o Marítimo garante essa vaga, vencendo o seu último Campeonato Regional da AF Madeira nessa época, sendo a primeira equipa insular a aceder aos nacionais. Destaque-se que a supremacia na Madeira do Marítimo fica vincada pelos 35 Campeonatos Regionais conquistados.

Consolidação Nacional
Foi a primeira colectividade fora do espaço continental português a conseguir aceder à I Divisão. Desde aí acumulou 27 presenças no escalão maior do futebol português - 10º clube com mais participações, num total de 73 edições. As sequelas de longos anos sem poder competir de forma regular nos nacionais, são visíveis nos primeiros tempos. O facto dos clubes insulares terem sido arredados de participar nas provas nacionais, mostram as discrepâncias existentes a nível de infraestruturas e de organização de uma realidade regional face a uma realidade nacional. Mesmo assim em 1976/77 o clube ascende à 1ªDivisão Nacional, mantendo-se por lá mais três épocas, fruto da abnegação e raça dos seus jogadores. Face ao semi-profissionalismo existente e a algumas dificuldades de nível logístico, o clube desce de divisão em 1980/81, subindo logo na época seguinte. No entanto este sobe e desce, viria a ter mais uma etapa, volvendo o clube de divisão na época 1982/83. Ao fim de duas épocas, o clube regressa ao convívio dos grandes, estando ininterruptamente desde aí até hoje, consolidando o seu estatuto primodivisionário e sendo vista como uma equipa que normalmente almeja alcançar as competições europeias.

O Sonho Europeu
Até ao início da década de 90, a melhor classificação do clube tinha sido o 9º na época 87/88. A entrada de um jovem treinador ambicioso brasileiro - Paulo Autuori, aliado a uma maior organização interna, fazem com que em 1991/92 o clube atinja o 7ºlugar, ficando mesmo às portas de um possível qualificação europeia. Viviam-se os tempos do chamado trio-maravilha, apostando Autuori num futebol atractivo e de ataque. A qualificação chega na época seguinte, na última jornada, depois de um embate impróprio para cardíacos frente ao Boavista Futebol Clube, tendo o clube dado a volta de um resultado de 1-2 para 3-2. Novamente o clube era pioneiro, sendo a primeira equipa fora do espaço continental português a conseguir uma qualificação para uma prova europeia - Taça UEFA, em virtude do 5ºlugar alcançado. Desde aí o clube tem sido presença assídua nos lugares de destaque no campeonato português, tendo consolidado a sua posição e prestígio. Tem 5 presenças na Taça UEFA, a 2ª mais importante prova de clubes a nível europeu, tendo chegado à 2ª eliminatória em duas ocasiões.

Idas ao Jamor
Na época de 1994/95, o clube consegue a qualificação para a final da Taça de Portugal, após derrotar nas meias-finais da provas o Futebol Clube do Porto. Disputa a final com o Sporting Clube de Portugal, que já não vencia qualquer troféu nacional à mais de 10 anos. Num clima adverso, perde por 2 bolas sem resposta, tendo o seu guarda redes Ewerton efectuado uma exibição de sonho. Volvidos 6 anos, em 2000/01 voltam a conseguir atingir a final da Taça de Portugal. Estabeleceu-se então a maior ponte aérea alguma vez registada até então entre a Madeira e Lisboa. Apoiado por mais de 5000 madeirenses que se deslocaram de propósito para ver a final, averba no entanto nova derrota por 2 bolas desta feita contra o Futebol Clube do Porto. No entanto é o único clube Região Autónoma da Madeira a registar presenças na final da prova-rainha do futebol português.

Clube Único e criação da SAD
O forte investimento feito no início da década de 90, provocou que em finais dessa década as finanças do clube estivessem no vermelho. Entretanto Alberto João Jardim, ressuscita a ideia do clube único, anseando juntar os três maiores clubes do Funchal - que já haviam estado juntos na IªDivisão no início da década de 90 - de modo a dispor de uma equipa capaz de lutar pelo título nacional. O projecto suscitou forte oposição da enorme massa adepta, assim como dos seus corpos sociais. Depois do União e do Nacional concordarem com a ideia votando favoravelmente em assembleias gerais esta proposta, os sócios do Marítimo recusam por esmagadora maioria esta ideia. Fica famosa a vaia que Alberto João Jardim sofre em pleno Caldeirão dos Barreiros, ficando provado que o clube é de longe a maior instituição da Região Autónoma da Madeira. Face ao enorme desgoverno das contas existente e talvez como consequência da recusa popular em aderir à ideia do clube único, o Governo Regional corta com as verbas disponibilizadas para o desporto profissional. Entretanto a nova direcção seguindo o advento das recentes sociedades anónimas desportivas, estabelece com o Executivo madeirense a criação de uma SAD - sendo esta criada em 99 - ficando o clube com 40%, a Região Autónoma da Madeira com outros 40% e os restantes 20% a ficarem na posse de outros accionistas. Ficariam assim regulamentadas as transferências orçamentais e as contrapartidas existentes ("naming" e promoção da região, assim como a promoção do desporto e bem estar da região).

Tempos actuais e o Futuro
No final do anos 90, o Club Sport Marítimo ocupava uma posição quase hegemónica no panorama regional mas à entrada para o novo milénio tem vindo a perder terreno para o Clube Desportivo Nacional, um velho rival que nos últimos anos destronou o União do lugar de principal opositor regional do clube e ressurgiu a lutar pela posição que o Club Sport Marítimo ainda mantém na sociedade madeirense. Continua a ser o clube madeirense mais popular e mais ecléctico, tendo apostado nos últimos anos no apetrechamento o seu património, procurando criar assim bases de sustenção para a prática dos mais variados desportos, fazendo um crescimento sustentado e contribuindo para o bem estar da Região Autónoma da Madeira, de que é exemplo a construção do seu complexo com pavilhão. Estão lançadas as bases, para a equipa de futebol voltar a ter um espaço próprio e condigno, depois da saída do mítico campo Almirante Reis, berço de inúmeras glórias que pontificaram no futebol madeirense, devendo esse espaço nascer na Praia Formosa, a oeste do concelho do Funchal, numa zona para onde está projectada uma nova centralidade da cidade. Pese alguns obstáculos surgidos, estima-se que no seu centenário a obra já esteja concluída, oferecendo à região um recinto com todas as condições, para poder acolher eventos internacionais. Dificuldades logísticas a nível da aquisição de terrenos aliadas a uma nova realidade financeira da região, têm atrasado um pouco este projecto. Com estatuto estabelecido de equipa que luta para chegar às provas europeias, e habituando os seus adeptos a verem a equipa a lutar para estes objectivos, as duas últimas épocas foram algo sufocantes, fruto de um certo descuido com a componente desportiva, nomeadamente com uma má política de gestão desportiva. Paralelamente e pese haja algo distanciamento entre o clube e a sua enorme massa adepta, o clube possui todas as condições para almejar e acreditar num futuro com novas e mais ambiciosas conquistas.

Jogadores

Plantel do Futebol (2007/2008)

Guarda-redes: Marcos e Christopher
Defesas:
Luís Olim
Briguel
Evaldo
Fernando
Ediglê
Van der Linden
Edder Pérez
Arnolin Gregory
Ricardo Esteves
Médios:
Marcinho
Olberdam
Wenio
Bruno F.
Douglas
Djalma
Fábio Felício
Avançados:
Bruno Fogaça
Kanu
Mossoró
Makukula

Palmarés:
1 Campeonato de Portugal - 25/26
2 Campeonatos Nacionais da 2ª Divisão B - 76/77; 81/82
35 Campeonatos Regionais
Para recordar: O ACADÉMICA x Marítimo da época 2005/2006 em que garantimos a permanência no Estádio Cidade de Coimbra.




FORÇA BRIOSA!