Os males da Académica

A Associação Académica é uma instituição especial.
Nada e criada no seio da Academia coimbrã, sempre se pautou pela irreverência, pela abnegação, mas principalmente pela defesa de valores.

Infelizmente esses valores andam há muito de costas voltadas numa Académica que se desejava que fosse o farol de um futebol português sem valores.

Vem esta minha prosa a propósito da entrevista que Álvaro Amaro deu ao "campeão das Províncias".
Nessa entrevista, o autarca de Gouveia resolve fazer "prova de vida académica ".
Os dias que vivemos, ensinam-nos que a memória dos povos é curta, e Álvaro Amaro sabedor disso, resolveu colocar em cima da mesa, várias afirmações que há que descodificar.

1 " Estou em discordância com o actual presidente desde o inicio". Pois é como dizia Pimenta Machado o que hoje é verdade.... Não pertenceu Álvaro Amaro à Comissão de Gestão com José Eduardo Simões? Não fez parte da mesma lista à Direcção da AAC/OAF? Não estagiou a Académica em Gouveia, a seu convite? Pois é, a memória de alguns é curta.

2"(...) não digo que sim , nem que não ( em vir a ser presidente da Académica)." Também aqui a memória volta a ter perna curta. Então alguém que se "esquece " de pagar as quotas durante 2 anos , sendo inclusivamente riscado de associado ( proposta em que aqui no blogue fui seu defensor), pode legitimamente ser Presidente? Poder pode. Mas deve?

3." Na Académica do tempo de Campos Coroa, honra lhe seja feita, havia debate(...) hoje nada se discute tudo se aceita". Em relação a esta douta e sábia conclusão apetece-me dizer, que se o edil de Gouveia tivesse mais cedo chegado lá, não precisaria de andar a perder tempo em reuniões "de golpes palacianos" em restaurantes de arredores de Coimbra.

Infelizmente é esta a Académica que temos, uma Académica sem memória em que o Ontem e o hoje andam divorciados.