Se relermos os artigos anteriores, agora este, não subsistirão quaisquer dúvidas de que o Dr. João Moreno terá sido chamado para Presidir a uma Comissão Administrativa, tão-só, como “cartaz” ao “grupo dos 13”. Podemos, pois, dizer que, na nossa busca da verdade, substituímos o “discurso oficial e oficioso” pela certeza dos factos, embora desconhecendo, em absoluto, se o Dr. João Moreno terá aceite o convite imbuído pelo “espírito de missão” ou por vaidade.
Não obstante, resumindo esta breve análise dos acontecimentos vividos na Briosa, nesta última década, podemos dar, creio eu, uma descrição correcta das causas remotas e das suas consequências e, obviamente, dela derivando silogisticamente “todo o corpo de factos” que constituem o conhecimento demonstrativo.
Para me melhor nos apercebermos – causas remotas: a) Novo Estádio Cidade de Coimbra; b) Briosa na SuperLiga; c) Contas auditada – passivo aceitável; d) Complexo desportivo Dr. Francisco Soares – Campo de treinos.
Consequências: criadas as traves mestras estruturantes, a AAC-OAF tornou-se apetecível não só em termos sociais, igualmente, em termos económicos.
Não espanta, não espantou que, na prática, tivessem surgido interesses vários, tanto de pessoas, como de empresas, e de índole política. De todos, de forma organizada, foi conhecido o “grupo dos 13” que reuniam, publicamente diga-se em abono da verdade, e que, no seu plano de acção, levaram a cabo, directamente ou por interpostas pessoas, a reprovação (política) das contas do exercício de 2001, moções de censura à Direcção, “aliciamento” e demissão de membros dos Órgãos Sociais – Mesa da Assembleia-Geral, membro do Conselho Fiscal – discursos críticos do Núcleo de Veteranos, do Clube dos Empresários, tudo para que, em eleições a terem lugar em Abril de 2003, a tomada do poder fosse uma realidade.
Acontece que a “dose” oposicionista foi excessiva tanto na forma, como no modo, e no tempo. Na forma porque liderada pelo Director Municipal do Urbanismo – zona de influência e poder; no modo porque em várias frentes em simultâneo; no tempo porque o calendário das eleições era conhecido e faltava muito tempo. Daqui resultou a queda, antecipada, da Direcção em exercício, por “asfixia” política e económica.
Pois bem. Aqui chegados, impõe-se a abertura de um «Livro de Obra e a memória descritiva associada». Por partes: 1) Tendo o “grupo dos 13”, liderado pelo Sr. Eng. José Eduardo Simões, querido questionar a credibilidade, transparência, rigor, da Direcção em exercício – Julho de 2002 – o que encontrou em Dezembro de 2002? Tudo? Nada? 2) Tendo sido feita uma auditoria externa, quais as conclusões? 3) Tendo o Dr. João Moreno ordenado a abertura de um inquérito interno, sendo visado o Sr.Eng. José Eduardo Simões, quais as conclusões? 4) Tendo o Gabinete Jurídico da Instituição – Dr. Castanheira Neves, Dr. Rebanda, Desembargador Santos Cabral – negociado favoravelmente o contencioso com a cervejeira, porque foi desautorizado pelo responsável pela área financeira, levando-os a demitirem-se? 5) Porque razão um TOC se recusou a subscrever amas contas do exercício económico? 6) Porque razão o ROC não apôs a sua chancela de “acordo” nos documentos do balanço das contas do exercício económico? 7) Como se explicam as demissões de dois Presidentes do Conselho Fiscal (em exercícios consecutivos Órgão Social) Dr. Juiz Américo Santos e Sr. Eng. Arménio Santos? 8) Como se explica a entrega ao senhorio do espaço arrendado e não se trespassou o locado ocupado pelo Bingo e Buraco Negro)? 9) Como se explica o contencioso com a TBZ quando o ROC nos dá conta que clausulados de um contrato nos remetem para clausulado de outros que se desconhecem? 10) Para memória: 2001 – passivo 3,3 Milhões de Euros; 2009 – passivo 11,2 Milhões de Euros.
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