Pardalitos do Choupal: AO RELENTO II

quinta-feira, 8 de dezembro de 2005

AO RELENTO II

Dou comigo a vasculhar Posts , comentários e tantas outras coisas mais deste e doutros Blogs. Pois é, dizia-me um velho amigo ( dos tempos do velhinho Sta Cruz ) , "a Briosa é assim e sempre assim haverá de ser "! Contagiante , discordante , irreverente , apaixonante e tantas outras coisas boas e menos boas que diariamente lemos , ouvimos ou até escrevemos uns sobre os outros ! Feliz ou infelizmente , vamo-nos entendo e desentendendo também . Será que em tempos também fomos assim? Será que outrora nos desentendiamos assim? Falariamos com tanta arrogancia do Mestre Cândido? Do Mestre Pedroto? Do Grande Capitão? Não creio !Primeiro por falta de espaço, depois por falta de competencia e quem sabe, por falta de liberdade também . Mas quando o faziamos , dizia-me o tal amigo, debatiamos a essencia com argumentos , com civismo , com elevação , sobretudo com responsabilidade e com ética.
Hoje temos o mundo nas nossas mãos . Comunicamos entre todos . Contudo, mais do que aproximar, afastamos ideias e ideais . Lideremos a bem da Briosa a nossa própria consciencia . Falemos por nós , sem ecos , sem vassalagens e sobretudo sem conteudos expurgados de ódio.
Académica és tu e sou eu . Diferentes , mas iguais no sentimento que atravessa o Mondego e vai do Choupal até á Lapa.
"Negros" por fora e por dentro!

ACADÉMICA SEMPRE !

8 Comments:

E pelo Viterbo não vai nada, nada, nada?
Vai muito certamente.

Briosa para sempre.

By Anónimo, at 08/12/05, 01:45
Só uma nota:

da minha memória familiar da Académica não retive que alguém aqui chamasse Mestre ao Pedroto! Mestre era o Cândido de Oliveira!Os outros eram aprendizes.

E lembro-me de ouvir dizer sempre que o Pedroto chegou a levar um par de estaladas de um estudante mais afoito e descontente com as tácticas!

Parece que a única coisa que o Pedroto fazia quando o jogo corria mal era trocar os extremos. E por isso, nessas alturas os adeptos, e entre eles, os estudantes, começavam logo a gritar ao Pedroto: - Troca os extremos!!
Parece que um dia o Pedroto fartou-se da gozação, respondeu e .... (como diria o Raúl Águas) "levou no trombil".

Há aí alguém mais velho do que eu que confirme ou desminta esta história? É que esta, eu só ouvi contar!!!

By Anónimo, at 08/12/05, 13:37
caro Mário
Então se é verdade que o Pedroto levou e deu nas trombas torna-se mais claro o objectivo do meu comentário.

O tempo passado, de que hoje falamos como um tempo em que havia mais civismo e menos liberdade não existe.

Pelos vitos o civismo era tanto que os adeptos "iam ao focinho" ao treinador! E a liberdade era tão pouca que os estudantes podiam trangredir (e trangrediam mesmo!). E os "Mestres" eram tratados com tão pouca arrogância que chegavam ao ponto de "levar nos cornos". Outro "mestre" o Manuel de Oliveira, treinador do Leixões (não o cineasta), também uma vez apanhou aqui em Coimbra.

Isto tudo para dizer o quê? Que o passado não existe! Já existiu e hoje apenas existe a lembrança, subjectiva, individual, que cada um de nós tem dele. O passado é um mito!

A única coisa que existe é o presente. Aproveitemo-lo então para fazermos o que DEVEMOS - (não o que nos apetece ou nos torna felizes)!

PS
Ainda não te tinha respondido ao convite para o jantar porque estava à espera de contornar outras obrigações para poder ir. Contudo essas obrigações, relativas a uma instituição, fora de Coimbra, a que me encontrio ligado com responsabilidades, impedem-me de estar presente nesse dia!
Não faltarão oportunidades para nos conhecermos e discutirmos a nossa Académica. Ate lá continuarei a fazer uns comentários sempre que tenha tempo.
Agradeço-te o convite que me sensibilizou!

Um abraço

By Anónimo, at 08/12/05, 14:26
Caro MPS.
Se o passado não existe, o seu texto já faz parte da mitologia subjectiva e opinativa de um Académico.
O passado, caso não exista, segundo o seu conceito aqui expresso, apenas lhe possibilita a utilização de todo o tipo de linguagem (ou nem isso) com o fundamento de uma simples crença.
Sem passado não haveria Briosa e sem esta nem aqui estaríamos a comentar.
O futuro sim, poderia concordar, de não ir além de um condicional muito ilusório.
O passado da Académica é um dado obectivo a todos os títulos e é fundamental que não seja renegado.
Concordo consigo quanto à importância do presente, mas que se não esfume a história, a herança e o exêmplo. Depende de nós.

Um grande abraço.

Briosa para sempre.

By Anónimo, at 08/12/05, 15:05
Meu caro sarabia

o que eu quero dizer é que mesmo o passado da Académica não é objectivo: para si é um e para mim é outro.

Para uns a Académica foi um clube protegido pelo regime do Estado Novo, de que Salazar e depois Veiga Simão foram sócios nº 1 e para outros a Académica foi um farol de liberdade no meio de um regime autoritário e opressivo.

Para uns a Aadémica era um clube de estudantes. Para outros a Académica dos anos 60 já tinha uns "profissionalões" - o Serafim, o Ernesto, o Toni, o Oliveira Duarte, o Fernando Peres...

Para o prof Viterbo, o Pedroto era o mestre Pedroto e para mim era um futrica odioso, de que nunca gostei, que felizmente levou na cara quando aqui passou!

O que quis evidenciar é que é precisamente ao discutir o passado que mais nos dividimos (porque o vivemos e vemos de forma diferente e porque nunca chegaremos a acordo sobre uma coisa que já não é, que já não existe) e que é ao discutir o presente, em que vivemos, que existe e é real, embora o possamos ver de forma diferente, que podemos encontrar compromissos, interesses e valores comuns.

Quer um exemplo? Procuremos discutir a seguinte questão: a Académica é ou não é a Académica de outros tempos? Podemos estar aqui horas, dias e meses a discutir que não chegamos a uma conclusão. Para uns é, para outros não é!
Agora discutamos o que há que fazer para mantermos a Académica na 1ª divisão! Discutamos o que há que fazer para ter mais estudantes na equipa! Discutamos o que é necessário para apostar a sério na formação! Discutamos o que é necessário fazer para arranjar dinheiro para alcançar todos estes objectivos! Vai ver que ao fim de algum tempo todos, os que se interessam pela Académica, se começam a entender!!

Um abraço e desculpe o atraso na resposta. Mas estive sem internet!

By Anónimo, at 10/12/05, 12:42
Caro MPS:

Obrigado pelo esclarecimento, está entendido.
O amigo foi de uma precisão impressionante ao ter escrito:
"...Nós temos tendência a dizer que os mais novos não sabem o que é a Académica e eles dizem-nos que falamos de algo que deixou de existir.
......................
Esta é uma das razões porque este blogue, é fundamental. É feito por gente que tem uma outra ideia da Académica.
E uma ideia tem que ser ensinada e transmitida, da mesma forma que nos foi transmitida a nós."

São pessoas como o meu amigo, o Sacerdote, o José Viterbo, o Luís Miguel, o F. Soares e muitos outros que me fazem acreditar (na minha modesta opinião) no encurtar da distância que pode separar um "mito" do rigor da racionalidade.
Muito embora, eu não seja racionalmente da Briosa..., é mais uma questão do coração.
Um grande abraço.

Briosa para sempre.

By Anónimo, at 10/12/05, 15:16
Desculpem meter a colherada mas é só para dizer que se houvesse aqui mais comentários (e trocas de impressões) com a elevação e qualidade como estes que acabei de ler dos académicos "Mps" e "Sarabia" este blog era... outra música!
Com pessoas que comentam assim vale a pena falar e ouvir.
Um abraço académico a ambos

Luís Miguel

By Anónimo, at 10/12/05, 17:04
Ora caríssimo Luís Miguel, eu só tenho pena é que o amigo não escreva mais vezes, seja aqui seja no site oficial.
Vamos lá a ver se isto acalma em favores da nossa Briosa.
Grande abraço.

Briosa para sempre.

By Anónimo, at 10/12/05, 21:48

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