Texto do leitor: BASTA!!!
"À beira de um ataque de nervos vão os Académicos vivendo. Tristes, cabisbaixos, com um sentimento de raiva, dor e também de impotência.
O golpe perpetrado em 2002, de forma monstruosa, baixa e inquisitória demonstrou desde cedo o carácter de quem estava por trás do dito golpe. E não foi obviamente o Dr. João Moreno, o mentor de tal aleivosidade. O ex. Presidente serviu como capa de uma revista pornográfica, em que o apelativo da primeira imagem, esconde todo o lixo contido nas páginas interiores. Durante algum tempo, João Moreno demorou a perceber onde se tinha metido. Quando “abriu os olhos”, a divina providência chamou-o, sem lhe dar tempo – como ele confessou no leito da morte – de arregaçar as mangas, e correr com “ a cambada que me traiu”. Moreno, foi sem dúvida, a 2ª grande vítima das garras de uma plêiade, para não chamar corja, de oportunistas. Saíram muitas pessoas mal vistas, apoucadas na sua honra, e acima de tudo, prejudicadas na sua vida pessoal e profissional.
Não faz mal. Em actas estarão com certeza a lisura de processos, a honestidade, a honra limpa, validada por homens como o então Presidente do Conselho Fiscal, Dr. Américo Santos, Dr. Castanheira Neves, entre outros. Está escrito que os Académicos Campos Coroa, Fernando Pompeu, José Ferraz e outros, só tiveram prejuízo pessoal na Académica. Foi o ROC de José Eduardo Simões, que fiscalizou as contas de então sabendo-se claramente que o passivo era menos de metade do actual. E note-se, que na altura não entraram 8 milhões de euros, nem cheques de empreiteiros fazia peso em malas de carro.
E agora? Quem conhecia José Simões? Quem tinha ouvido falar em Godinho? Quem conhecia Carlos Clemente, a não ser nas Assembleias Gerais a defender com unhas e dentes o Dr. Campos Coroa e respectivas direcções? Estes, e outros que tais, são os verdadeiros sugadores do nome Briosa, que sem ela, eram tão desconhecidos como até aquele fatídico dia de Dezembro de 2002. E hoje o que temos?
Dívidas, mais dívidas, notícias diárias de escândalos na Instituição, cometidos por elementos dos seus órgãos sociais, temos miúdos nomeados vice-presidentes, com a tarefa de nada fazer, um idoso que adora comer e viajar, um vice-presidente político que ainda não se percebeu o seu papel. Outro que faz tristes figuras nos jogos das camadas jovens, enfim, um rol de “personalidades” que envergonham uma centenária instituição. A revolução urge. Estamos fartos. Não há mais tolerância para esta gente. Os Académicos devem unir-se em torno de uma velha causa, de uma filosofia de vida, da seriedade, da transparência. A Académica diariamente perde adeptos, sócios, simpatizantes. CHORAMOS TODOS DE SAUDADES DA NOSSA BRIOSA. Esta direcção envergonha todos aqueles que sonham com um projecto que nasceu no séc. XIX, e que em cerca de 6 anos regrediu 120 anos.
É hora de tomarmos atitudes adequadas à tradição desta Instituição. Revoltemo-nos contra este estado de coisas, e devolvamos a AAC aos sócios, a quem quer servir em vez de servir-se.
Nem que para isso, nos devamos sacrificar as nossas vidas momentaneamente. As revoluções nem sempre são pacíficas. Por isso faça-se o que se tem que fazer, sempre para bem da Académica. Contamos com todos. Direcção para a RUA, JÁ!!! "
José Henriques Sócio da Académica desde 1972